terça-feira, 5 de junho de 2012

Final de conversa

Ao chegarmos ao final deste trabalho que, como de início dissemos ser de grande relevância e complexidade, alguns aspectos ficaram evidenciados para nossa equipe:
Ler e escrever são ações que devem ser estimuladas e exercitadas;
A família e a escola possuem responsabilidades neste processo;
Independente da disciplina, todas devem ser promotoras do ato de ler e escrever;
Todo questionamento, toda inquietação, toda dúvida, provoca reflexão e tendem a nos impulsionar para a busca de respostas;  
Ser autor requer não somente leitura, mas principalmente, atitude, coragem para se expressar e abertura ao erro e às críticas que nos permitem a partir deles crescer;
Estar no mundo já faz de nós leitores, as condições sociais e suas inter-relações é que nos fazem distintos uns dos outros em relação ao que compreendemos;
O leitor precisa ser cativado;
A sabedoria encontrada na leitura é fonte de poder.


Não podemos nos omitir diante da situação em que nos encontramos como "elites dominantes" em relação aos nossos alunos.
Precisamos ser agentes transformadores diante deste quadro excludente em que se encontra nossa sociedade, que é reproduzido na escola, cumprindo nosso papel de incentivadores na busca do saber.


segunda-feira, 4 de junho de 2012

A clareza de um texto

Você já fez alguma redação em que o comentário do corretor foi: Falta clareza das ideias, texto confuso, falta de coesão, parágrafo confuso? 
É muito ruim quando lemos algo e não entendemos com exatidão o que aquele escritor quis dizer. Os argumentos se emendam uns nos outros, uma nova ideia surge a cada vírgula e em um mesmo período, o parágrafo parece não ter mais fim! 
Uma redação é clara quando há transmissão do conteúdo ao interlocutor de maneira que este compreenda a mensagem. Logo, redações mais concisas, ou seja, objetivas, tendem a possuir mais clareza. 
Se você tem dificuldade em estruturar bem seus pensamentos, utilize um rascunho. Leia sobre o assunto e busque na memória o conhecimento que já tem sobre ele. Então, reflita sobre o que vai escrever e como vai fazê-lo. Para isso, delimite o tema geral em um específico como, por exemplo: Tema geral: Amazônia, Tema específico: Manifesto Amazônia para sempre. 
Quando você restringe o tema, restringe também o que vai escrever. Não que o texto deva ficar pequeno, mas sim objetivo, a fim de que seja desenvolvido plenamente. O escritor também deve ficar atento ao número mínimo de 15 linhas e máximo de 30 ou 35 (dependerá do processo seletivo). 
O rascunho é muito importante, pois nele os erros poderão ser corrigidos antes de serem passados para a folha de redação definitiva. Quanto à clareza, tente cumprir com os seguintes aspectos: 

a) Faça frases curtas, pois períodos longos geralmente ficam confusos. 

b) Não tente parecer mais culto, empregando palavras que desconhece, pois correrá o risco de errar quanto ao significado. Portanto, use palavras simples e precisas. 

c) Tenha cuidado com a ambiguidade, que é quando uma oração pode ter mais de um sentido: Peguei as chaves da Ana. (peguei as chaves que estavam com Ana ou as chaves que pertenciam a Ana?).

d) Coesão: As partes devem estar interligadas, ou seja, relacionadas. Não comece falando de alguma coisa e parta para outra, sempre termine a ideia inicial sem delongas. Frases com muitas vírgulas são indício de falta de coesão. Outra questão é não tentar passar as ideias de acordo com o que vão aparecendo em sua mente, pois o fluxo mental é intenso. Na hora de escrever, concentre-se e sempre leia cada parágrafo que acabou de redigir para verificar se está claro!

Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras 

A essencial relação entre leitura e escrita


Rui de Lucca 

Por pouco este texto não se atrasou excessivamente, de acordo com a frequência que tenho costume de escrevê-los. Na última semana mergulhei no trabalho. Isso não quer dizer que tenha me tornado um "workaholic" (compulsivo por trabalho) mas por pura fruição do ofício da escrita mesmo.

Colaborei incansável com alguns sites literários, escrevi, escrevi e li também, por que não? Nunca as funcionárias da biblioteca municipal me viram tanto nos últimos dias, o mesmo para as meninas das livrarias. Tanto li, escrevi, conversei, pensei que então surgiu logo o meu tema dessa semana: A essencial relação entre leitura e escrita. 

Pois é, muitos pedagogos, professores, sábios e pais dizem que o hábito da leitura sistemática é essencial para o desenvolvimento saudável de uma mente crítica e bem informada. Eu tenho um pouco a discordar deles, pois, quem lê sistematicamente muitos romances clássicos, a nata lambida pela intelligentsia, pode incorporar muita cultura, sem necessariamente questioná-la. Não acredito que, pelo acúmulo de cultura alguém possa vir a se tornar crítica, mas sim pedante. Sabe aquela pessoa que não consegue falar uma frase sem fazer uma citaçãozinha de um filósofo ou escritor famoso? Então, essa mesma.

Urge escrever também. E mostrar os textos, e aceitar críticas, para que com o tempo possa surgir uma luzinha de criticismo em si mesmo. Quantas vezes eu não chorei na ingenuidade de minha quinta série ao levar fumo dos professores de português nas aulas redação! O método deles era equivocado (a sordidez com uma criança de onze anos), mas na sexta série eu me adaptei. Li muito e escrevi compulsivamente. Aquela imagem de um garoto sentado à mesa e rasgando a folha de tanto apagar até atingir o primor do texto.
No entanto cabe abrir um par de parênteses aqui. Pensar criticamente sugere digestão, o que não combina com uma era de "eterno presente" como a nossa em que há uma explosão planetária de informações renovadas diariamente e que perambulam pela internet.

Há, igualmente, uma situação delicada da prática de escrita quando se diz respeito aos blogs pessoais. Eu mesmo parei há algum tempo de ler esses tipos de blogs, que chamo carinhosamente de hemorrágicos, pois publicam fragmentos de texto incessantemente a cada minuto. Parecendo mais com um rolo de papel higiênico sem fim com milhares de anotações dispensáveis e que somente de vez em quando, em meio ao mar de textos, se encontra uma pepita aurífera para ser garimpada. Atualmente leio, por exemplo, blogs sérios, organizados e que tem uma razão justificada para seus textos. Que cooperem com a manutenção democrática do pensamento autêntico, e não somente histerias inúteis acontecidas na noite anterior e que não podiam deixar de serem publicadas. Sim, porque, ao utilizar um blog de maneira leviana, o blogueiro estará correndo o risco de manchar a própria imagem, por mais que este seja uma massa disforme e sem rosto como é comum encontrar em usuários da rede, todavia a consciência muito provavelmente pesará. O blogueiro, publicando sem autocrítica do próprio conteúdo, assemelha-se ao autor de livros ruins que não tem vergonha de publicar seu trabalho malfeito.

"Escrever e ler é só começar" - eis o meu aforismo. Há tudo para ser lido e, novamente, tudo para ser relido. Uma vida só daria para tudo isso? Quase me esqueço: Há tudo para ser refletido. Talvez por isso aboli parcialmente, desde o primeiro ano de ensino médio, o hábito de assistir televisão (quando não a TV Cultura). Assim como Borges disse uma vez eu assumo concorde: "Pode sim um homem viver para a literatura". Soa hiperbólico, mas quem é que não cultiva valores poéticos dentro de si?

Rui de Lucca Trizóglio é ensaísta, contista e romancista e mantém uma página na internet dedicada principalmente à literatura (http://espereeveja.blogspot.com/).

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Filhos de professores leem mais?


Não importa o que se lê, mas o quanto se lê e desde quando se lê, pois mais desempenho terá aquele a que, na mais tenra infância, for apresentado ao universo mágico da leitura.

Segundo Gustavo Ioschpe em artigo para a Revista Veja, o nível educacional dos pais é apontado por pesquisas como o fator mais importante para o aprendizado das crianças. Sendo a escolarização dos pais mais importante do que a escolarização dos professores e do que qualquer outra variável ligada à educação, inclusive a renda dos pais – “um aumento de um ano na escolaridade dos pais tem impacto nove vezes maior sobre a escolaridade dos filhos do que o aumento de 10% da renda. Mais importante do que em que escola matricular nossas crianças é cuidar do que acontece dentro de nossas casas. Não que as escolas não importem, obviamente, importa e muito! Mas, o mais importante que os pais podem fazer, está dentro de casa, no dia-a-dia. Estar em contato e apreciar bens culturais, especialmente livros, são fundamentais. Viver em um ambiente em que o conhecimento é valorizado favorece o interesse pela leitura. Alunos que leem mais tem desempenho melhor, importando pouco o que leem livros, revistas, jornais, o acompanhamento dos pais em relação às tarefas de casa é também fator preponderante ao sucesso dos filhos.

Já a autora Ana Maria Machado em entrevista a Revista Educação fala que “o exemplo de casa é utópico. A maioria da população é carente, não teve contato com livro. Não se pode esperar que os pais sejam responsabilizados em servir de exemplo para os filhos. A escola é que tem a obrigação de fazer isso.” Embora concorde que pais que leem mais transmitam o hábito para os seus filhos, estes “ainda são minoria, não dá para colocar isso como política generalizada. A maioria não tem e não teve acesso a livros. Em relação ao professor que não gosta de ler, a autora entende que “gente que não gosta de ler não pode ensinar a ler”. E ainda, “funciona mais o exemplo do professor que lê do que exigir leitura como atividade em classe”. A valorização para o ato da leitura em nossa sociedade ainda é muito pequena. Um professor que se descobre leitor, que gosta de ler, vai recomendar isso ao seu aluno. “Quem gosta de ler está sempre falando de livro, recomendando leituras para outras pessoas, é algo que contagia e flui naturalmente”.

Para a autora Magda Soares em entrevista para o programa Salto Para o Futuro, Ler e escrever é um compromisso de todas as áreas do conhecimento. Há uma tendência em “julgar que cabe ao professor de Português ensinar e desenvolver habilidades de leitura e escrita”. Segundo a doutora, “essa competência, essa responsabilidade não é só do professor de Português, nem o professor de Português é inteiramente competente para desenvolver habilidades de leitura de um problema de Matemática, por exemplo. (...) não é o professor de Português que vai ensinar o aluno a ler um mapa, (...)”. Cabe aos professores das demais disciplinas desenvolver essas habilidades específicas de leitura e escrita também. Acrescenta ainda que “essa questão tem sido difícil, porque os professores de outras áreas que não Português não tem recebido formação na área de leitura, (...)” há necessidade de se introduzir na formação desses professores alguma formação na área de leitura e produção de texto para que eles pudessem trabalhar com isso.

Diante das opiniões apresentadas podemos concluir que, para que os filhos de professores sejam mais leitores, dependerá de como esse profissional se relaciona com a leitura. O hábito de leitura está relacionado às experiências que o leitor tem com esse universo. Se o professor não gosta de ler, não influenciará positivamente, seu filho, tampouco seus alunos. O inverso ocorrerá, se o professor for um apaixonado pela leitura. Exalará aos seus filhos, e também aos seus alunos, as emoções e sensações que uma boa leitura pode proporcionar.

A leitura em questão segundo alguns pesquisadores


Para Dansereau, “a leitura como processo é constituída pelo conhecimento de símbolos gráficos (escritos ou impressos) que servem para estimular significados da experiência passada do leitor”.

Para Lionel Bellenger , “ler é ser um pouco clandestino, é abolir o mundo exterior, deportar-se para uma ficção, abrir o parêntese do imaginário”.

Para o pedagogo e matemático Gaston Milaret , “ler é ser capaz de transformar uma mensagem escrita numa mensagem sonora segundo certas leis precisas. É compreender o conteúdo da mensagem escrita, é ser capaz de julgá-lo e de apreciar seu valor”.

Para Ezequiel Theodoro da Silva3, “ler é, antes de tudo, compreender”.

Para Magda Becker Soares, “leitura não é (...) ato solitário; é interação verbal entre indivíduos e indivíduos socialmente determinados”.

A autora diz também que a leitura:

(...) do ponto de vista da dimensão individual de letramento (a leitura como uma ‘tecnologia’), é um conjunto de habilidades lingüísticas e psicológicas, que se estendem desde a habilidade de decodificar palavras escritas até a capacidade de compreender textos escritos. (...) refletir sobre o significado do que foi lido, tirando conclusões e fazendo julgamentos sobre o conteúdo. (SOARES, 2002, pp. 68-69)

Ler para Borel-Masonny (1949), “significa, estando-se diante de um signo escrito, encontrar a sua sonorização.” (1960), “ler oralmente significa, diante de um signo escrito, encontrar sua sonorização portadora de sentido”.

Já para Foucambert,
(...) Ler é funcionar como uma agulha de um toca-disco que transforma vibrações de um certo tipo em sinais de um outro tipo.
(...) A leitura é um equilíbrio entre o processo de identificação de palavras que não pudemos prever com precisão – e que, por isso, informam – e o processo de verificação da antecipação de palavras que pudemos prever – e que, portanto, informam menos.
(...) Não existe leitura se não existir uma expectativa, uma pergunta, uma questão, antes da interação com o texto.
(...) Ler é ser questionado pelo mundo e por nós mesmos, é saber que certas respostas podem ser encontradas no escrito; é poder ter acesso a esse escrito; é construir uma resposta que integre uma parte das informações novas e tudo o que já sabemos.
(...) Ler é verificar a exatidão de uma antecipação. (apud BARBOSA, 1990, p.90)
A leitura é um processo no qual “o leitor é um sujeito ativo que
processa o texto e lhe proporciona seus conhecimentos, experiências e esquemas prévios.” (SOLÉ, 1998, p. 18)



Afinal, o que é ler?


Ler é muito mais do que decifrar códigos, símbolos, é interpretar e compreender o que se lê. A partir do momento que começamos a compreender o mundo a nossa volta, começamos o processo de leitura. Esse processo se dá a partir do contato com o mundo e as pessoas com as quais interagimos, a partir do acúmulo de experiências sociais, sejam através de imagens, de objetos concretos, de expressões, de um livro, um filme, um desenho, uma propaganda, etc., conscientes ou não desse processo, pois muitas vezes não nos damos conta que estamos lendo.
Segundo Angela Keiman, a leitura é um processo interativo em que o leitor utiliza os diferentes níveis de conhecimento para que ocorra essa interação, “trata-se da dimensão interacional entre autor e leitor, a partir de uma base textual sobre a qual o leitor se apoia, que se constitui na materialização de significados e intenções de um dos interagentes à distância, via o texto escrito”. 
Os conhecimentos prévios do leitor como os linguísticos, como o vocabulário e as regras da língua e seu uso, os textuais, que englobam o conjunto de noções e conceitos sobre o texto, os de mundo, que correspondem ao acervo pessoal do leitor, são imprescindíveis no processamento do texto. Para que a leitura seja satisfatória, onde ocorre a compreensão do que se lê, esses diversos tipos de conhecimentos interagem entre si.

Leonardo Boff sintetiza “cada um lê com os olhos que tem. E interpreta onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender o que alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isto faz da leitura sempre uma releitura. (...) Sendo assim, fica evidente que cada leitor é coautor.”

Paulo Freire coloca-nos que a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra. Em nossa experiência existencial o ato de ler vem se dando. Primeiro se dá a “leitura” do pequeno mundo que se move; depois a leitura da palavra que muitas vezes, no processo de escolarização, não foi a leitura da “palavra mundo”. Aquele mundo especial era dado como o mundo de sua atividade perspectiva, como o mundo de suas primeiras leituras. As “letras”, as “palavras”, os “textos” daquele contexto em cuja percepção experimentava e, quanto mais o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber se materializavam numa série de coisas, de objetos, de sinais, cuja compreensão ia aprendendo no seu trato com eles, na sua relação com seus irmãos mais velhos e com seus pais. Donde conclui que a leitura do mundo foi sempre fundamental para a compreensão da importância do ato de ler, de escrever ou de reescrevê-lo, e transformá-lo através de uma prática consciente.


http://pt.scribd.com/doc/27827045/Resenha-Texto-e-Leitor-Aspectos-Cognitivos-Da-Leitura-Angela-Kleiman
http://www.colegiosantamaria.com.br/santamaria/aprenda-mais/artigos/ver.asp?artigo_id=2

quarta-feira, 30 de maio de 2012

ENTREVISTA

Apresentaremos agora a entrevista com nossa querida Professora Marizete Nunes da Silva Barros Coordendora do Curso de Pedagogia, Tutora de Língua Portuguesa Instrumental, Língua Portuguesa na Educação 1 e Língua Portuguesa na Educação 2 do CEDERJ/UERJ.

Marizete é uma professora incrível, que nos estimula muito a nos apaixonarmos pelo universo complexo e rico que é nossa língua!
Com certeza, se nós alunos sairmos desse curso com o brilho no olhar como o que ela nos mostra enquanto exerce seu ofício de educadora, nossa crianças sentirão muito prazer e motivação para enveredarem nesse universo mágico que é a Literatura.


1) Como você definiria ler?

R: Ler é interpretar. É mais do que decodificar símbolos gráficos. Isso significa que pode-se ler uma pessoa, uma expressão, uma imagem, um texto escrito. Ler é atribuir sentidos.

2) Por que não entendemos o que lemos?

R: Não concordo com a ideia de que não entendemos o que lemos. Penso que atribuímos algum(ns) sentido(s) ao que lemos e, nem sempre, tais sentidos são aqueles que o produtor do texto intencionava. Mas, nesse processo (o da leitura) estão incluídos tantos outros fatores: internos e externos, que devem ser considerados no ato de ler - o conhecimento de mundo, o conhecimento linguístico, textual, etc.

3) Qual a relação entre leitura e escrita?

R: A leitura precede a escrita, porque lemos o mundo que nos cerca. É claro que o indivíduo que tem boas experiências de leitura, será um autor mais qualificado, porque possui mais experiências com textos, discursos, vocabulário, ideias. A possibilidade desse indivíduo conseguir que seu texto cumpra seu propósito é maior, em virtude das condições em que ele foi escrito e da competência do autor, evidentemente.

4) A partir de sus experiência como professora, você tem percebido que os alunos tem apresentado maior dificuldade em leitura e escrita? Em caso afirmativo, a que você atribui esta constatação? (Qual o motivo?)

R: A minha experiência varia de acordo com os grupos com os quais eu trabalho. Mas ela me mostra claramente que, crianças que tiveram um bom estímulo à leitura e à escrita desde a Educação Infantil não apresentam qualquer dificuldade nessas áreas. Pelo contrário, são crianças, jovens e adultos que se sentem confiantes ao ler e ao escrever e buscam aprimorar essas práticas dia-a-dia. Os alunos que apresentam dificuldade na leitura e na escrita são aqueles que viveram práticas de leitura e escrita nas escola que, em nada contribuíram para a sua formação: exercícios mecânicos, cansativos, sem significado. Todos esses fatores, em conjunto com professores mal preparados e que não são leitores são, na minha opinião, os grandes vilões para a má formação de nossos alunos.

5) Quais as dicas para aqueles que aqueles que têm dificuldades em ler e escrever possam solucionar ou amenizar o problema?

R: Em primeiro lugar, eles devem estar perto de quem gosta de ler e escrever, porque eles verão que é bom, que há motivos para ler e escrever, dentre eles, o puro deleite e fruição. Depois, procurar profissionais que possam ajudar-lhes a encontrar caminhos para melhorarem essas habilidades. Mas, antes de tudo isso, querer. O querer vem com a consciência da importância disso para a vida. Quando se quer, é mais simples ter disciplina, buscar ajuda e melhorar, de fato. Ter um bom motivo para ler e escrever é um passo importante. Nenhum de nós gosta de gastar energia em algo no qual não vemos sentido.