quarta-feira, 30 de maio de 2012

ENTREVISTA

Apresentaremos agora a entrevista com nossa querida Professora Marizete Nunes da Silva Barros Coordendora do Curso de Pedagogia, Tutora de Língua Portuguesa Instrumental, Língua Portuguesa na Educação 1 e Língua Portuguesa na Educação 2 do CEDERJ/UERJ.

Marizete é uma professora incrível, que nos estimula muito a nos apaixonarmos pelo universo complexo e rico que é nossa língua!
Com certeza, se nós alunos sairmos desse curso com o brilho no olhar como o que ela nos mostra enquanto exerce seu ofício de educadora, nossa crianças sentirão muito prazer e motivação para enveredarem nesse universo mágico que é a Literatura.


1) Como você definiria ler?

R: Ler é interpretar. É mais do que decodificar símbolos gráficos. Isso significa que pode-se ler uma pessoa, uma expressão, uma imagem, um texto escrito. Ler é atribuir sentidos.

2) Por que não entendemos o que lemos?

R: Não concordo com a ideia de que não entendemos o que lemos. Penso que atribuímos algum(ns) sentido(s) ao que lemos e, nem sempre, tais sentidos são aqueles que o produtor do texto intencionava. Mas, nesse processo (o da leitura) estão incluídos tantos outros fatores: internos e externos, que devem ser considerados no ato de ler - o conhecimento de mundo, o conhecimento linguístico, textual, etc.

3) Qual a relação entre leitura e escrita?

R: A leitura precede a escrita, porque lemos o mundo que nos cerca. É claro que o indivíduo que tem boas experiências de leitura, será um autor mais qualificado, porque possui mais experiências com textos, discursos, vocabulário, ideias. A possibilidade desse indivíduo conseguir que seu texto cumpra seu propósito é maior, em virtude das condições em que ele foi escrito e da competência do autor, evidentemente.

4) A partir de sus experiência como professora, você tem percebido que os alunos tem apresentado maior dificuldade em leitura e escrita? Em caso afirmativo, a que você atribui esta constatação? (Qual o motivo?)

R: A minha experiência varia de acordo com os grupos com os quais eu trabalho. Mas ela me mostra claramente que, crianças que tiveram um bom estímulo à leitura e à escrita desde a Educação Infantil não apresentam qualquer dificuldade nessas áreas. Pelo contrário, são crianças, jovens e adultos que se sentem confiantes ao ler e ao escrever e buscam aprimorar essas práticas dia-a-dia. Os alunos que apresentam dificuldade na leitura e na escrita são aqueles que viveram práticas de leitura e escrita nas escola que, em nada contribuíram para a sua formação: exercícios mecânicos, cansativos, sem significado. Todos esses fatores, em conjunto com professores mal preparados e que não são leitores são, na minha opinião, os grandes vilões para a má formação de nossos alunos.

5) Quais as dicas para aqueles que aqueles que têm dificuldades em ler e escrever possam solucionar ou amenizar o problema?

R: Em primeiro lugar, eles devem estar perto de quem gosta de ler e escrever, porque eles verão que é bom, que há motivos para ler e escrever, dentre eles, o puro deleite e fruição. Depois, procurar profissionais que possam ajudar-lhes a encontrar caminhos para melhorarem essas habilidades. Mas, antes de tudo isso, querer. O querer vem com a consciência da importância disso para a vida. Quando se quer, é mais simples ter disciplina, buscar ajuda e melhorar, de fato. Ter um bom motivo para ler e escrever é um passo importante. Nenhum de nós gosta de gastar energia em algo no qual não vemos sentido. 






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